Notícias

Com um espelho de 25 m o Telescópio Gigante Magalhães GMT ficará pronto em 2020

Um vídeo sobre o Telescópio Gigante Magalhães (GMT), produzido pela Agência FAPESP, será exibido em breve em observatórios, planetários e associações de astrônomos amadores em todo o Brasil.
O vídeo está disponível em http://agencia.fapesp.br/videos e também no YouTube, em www.youtube.com/user/fapespagencia.
Ou aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=q9cTv6AwlB8

Vídeo mostra os desafios da construção do primeiro telescópio de uma classe conhecida como “extremamente grandes”.

O GMT será o primeiro de uma classe conhecida como “telescópios extremamente grandes”. Com um conjunto de sete espelhos de 8 metros e 40 centímetros cada um, os sete espelhos do GMT correspondem a um único espelho de 25 metros de diâmetro e serão capazes de explorar o cosmos com definição e sensibilidade sem precedentes.
Com um poder coletor 100 vezes maior que o Hubble e com imagens 10 vezes mais nítidas do que as obtidas por esse satélite astronômico, o GMT vai mirar no espaço longínquo para explorar o passado do Universo. Ele será tão potente que poderá chegar perto do Big Bang, quando as primeiras estrelas, galáxias e buracos negros estavam se formando.
O vídeo mostra os desafios da construção do GMT no deserto do Atacama junto ao Observatório Las Campanas, no Chile. Construir um telescópio como o GMT é um empreendimento monumental. Com um custo estimado em US$ 1 bilhão, o projeto é composto por um consórcio internacional e envolve diversos países: Austrália, Coreia do Sul, Chile, Brasil e universidades dos Estados Unidos.
O Brasil é representado pela FAPESP. Com um investimento de US$ 40 milhões, o que equivale a 4% do investimento total do projeto, a FAPESP garantirá aos pesquisadores do Estado de São Paulo 4% do tempo de operação do GMT.
Isso será muito importante para o desenvolvimento da pesquisa em Astronomia no Brasil, como destaca no vídeo João Steiner, professor no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) e coordenador geral do projeto GMT – FAPESP.
“O GMT tem uma série de ambições científicas que justificam o investimento e o esforço com que ele está sendo construído. Queremos descobrir, por exemplo, planetas habitáveis e caracterizá-los da melhor forma possível, isto é, descobrir se eles têm água, se eles têm oxigênio em estado livre que são essenciais para que a vida possa se reproduzir. Queremos também descobrir o que ocorreu entre o Big Bang e o Universo”, disse.
Outro professor do IAG-USP, Augusto Damineli, coordenador de educação e divulgação do projeto GMT – FAPESP, explica no vídeo como os telescópios do tipo produzem suas imagens. “A partir de Newton, os telescópios passaram a usar espelhos côncavos em vez de lentes”, disse.
Claudia de Oliveira, coordenadora de instrumentação do projeto GMT – FAPESP e também professora do IAG-USP, detalha o funcionamento dos instrumentos que comporão o telescópio, como os espectrógrafos. Esses instrumentos servirão, por exemplo, para o estudo de planetas fora do Sistema Solar.
Octavio Paschoal, gerente do projeto GMT – FAPESP destaca a possível participação de empresas brasileiras na construção de componentes do telescópio. “Olhando o projeto do GMT, percebemos que apenas a estrutura que suporta o telescópio representa cerca de mil toneladas de aço, o invólucro do telescópio são mais 4 mil toneladas de aço, e aqui eu só estou falando em aço, fora os outros materiais que compõem e que irão conter na contrição desse telescópio gigante. Este é o papel do GMT – FAPESP, que é atrair a indústria do Estado de São Paulo, para oferecer partes desses sistemas, partes desses componentes pro telescópio GMT”.
O vídeo também será publicado no site do GMT do Brasil, em www.iag.usp.br/gmt/vídeos.
 
Mais informações:
O GMT entrará em operação ao longo da década de 2020 e contará com um conjunto de sete espelhos de 8 metros e 40 centímetros cada um, para formar um único espelho de 25 metros de diâmetro, que será capaz de explorar o cosmos com definição e sensibilidade sem precedentes.
O GMT começou a ser construído no deserto do Atacama, no Chile, junto ao Observatório Las Campanas, em uma altitude de 2.500 metros.
Com um custo estimado em 1 bilhão de dólares, o projeto é composto por um consórcio internacional e envolve diversos países: Austrália, Coreia do Sul, Chile, Brasil e Universidades dos Estados Unidos.
O sócio brasileiro é a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a FAPESP, que firmou um investimento de 40 milhões de dólares, o que equivale a 4% do investimento total do projeto.
Com isso, a FAPESP garantirá aos pesquisadores do estado de São Paulo, 4% do tempo de operação do GMT.
Reportagem, câmera e edição: Phelipe Janning
Narração: Sônia Guimarães
Roteiro: Phelipe Janning, Augusto Damineli, Maria Antonieta Garcia Ureta
Imagens: GMTO, Gemini Observatory, AURA, ESO, ALMA, Hubble Space Telescope, European Space Agency, NASA, Ricardo Alcagaya, Twanv, Mirror Laboratory – University of Arizona, WMAP.
Fonte: Agência FAPESP

Compartilhe esta notícia: